Após uma semana de exibição, a trama de Benedito Ruy Barbosa vem conseguindo bons índices de audiência no horário de exibição. A proposta estética das imagens, implantada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho, foge do comum valorizando os conceitos culturais da região nordeste.
Os movimentos de câmera (travelling) mostrando o rio São Francisco, principal cenário da novela, faz o telespectador viajar por uma região que, até então, era pouco mostrada na televisão. Os enquadramentos utilizados, com personagens posicionados mais ao canto do vídeo, aproximando-se de uma técnica usada no cinema.
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| Rodrigo Santoro com o dir. Luiz Fernando Carvalho |
A trama de Ruy Barbosa conta a história de Afrânio (Rodrigo Santoro/Antônio Fagundes). Inicia-se na década de 1960, primeira fase. Afrânio, filho do poderoso Coronel Jacinto é obrigado a retornar de Salvador para a fictícia Grotas de São Francisco, para assumir o lugar do pai, que comandava a política e a economia local. Apaixonado por Iolanda, mas obrigado pela amargurada mãe Encarnação, que ainda sofre pela perda de seu filho mais velho, morto nas águas do São Francisco, Afrânio parte numa viagem pela região para reafirmar alianças que seu pai mantinha. Em sua viagem, conhece Leonor, que acaba por lhe atiçar o desejo, e se envolvendo cada vez mais, o pai da moça obriga a se casarem.
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| Larissa Góes em cena da novela |
Um bom e típico folhetim que tanto fazia falta às novelas da Globo está de volta, finalmente. A novela tem um ritmo mais lento, característica comum nos trabalhos do Benedito. Mas tem uma história bem amarrada com núcleos que têm relação entre si e personagens fortes, intensos e que são importantes para uma boa história contada.
Se o público adaptar-se à proposta da novela, tem grandes chances de fazer sucesso no horário. Algo que a Globo sonha há alguns anos.


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